quinta-feira, 14 de junho de 2007

Ordem Squamata

Ordem Squamata

Grupo monofiletico; várias sinapomorfias (escamas,pecilotérmico,hemipênis,etc.); Possuem autotomia caudal.
Tipos de dentição: acrodonte,pleurodonte ,theodonte.
Alguns com glândulas localizadas (mecanorreceptores); outros com cromatóforos; maioria são ovíparos, mas alguns são partenogênicos.


São divididos em três subordens:

· Lacertilia (lagartos);
· Serpentes (cobras);
· Amphisbaenia (“cobra-cega”).


1.Lacertília
O grupo caracteriza-se pela presença de quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. As famílias Anniellidae e Anguidae correspondem a répteis sem patas que parecem cobras mas que, no entanto, são lagartos, tendo em conta a estrutura do esqueleto.
Os lagartos ocorrem em todos os continentes, excepto na Antártida, surgem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns guecos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos onívoros ou herbívoros, como as iguanas. O monstro-de-gila, nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas.
Possui cerca de 4800 espécies


Famílias de Lacertília:
Família Agamidae
Família Chamaeleonidae - camaleão
Família Corytophanidae
Família Crotaphytidae
Família Hoplocercidae
Família Iguanidae - iguana
Família Leiocephalidae
Família Leiosauridae
Família Liolaemidae
Família Opluridae
Família Phrynosomatidae
Família Polychrotidae
Família Tropiduridae
Família Dibamidae
Família Gekkonidae - osgas ou lagartixas
Família Pygopodidae
Família Cordylidae
Família Gerrhosauridae
Família Gymnophthalmidae
Família Lacertidae
Família Scincidae
Família Teiidae
Família Xantusiidae
Família Anguidae
Família Anniellidae
Família Xenosauridae
Família Helodermatidae - monstro-de-gila
Família Lanthanotidae
Família Varanidae - dragão-de-komodo

2.Serpentes
Possuem a pele recoberta por uma pele com escamas queratinizadas (cuja função é proteger o corpo constantemente exposto, serpenteando por terrenos irregulares, vegetação, ocos de tocas, etc), variando o tamanho e a cor. As serpentes têm uma capacidade de engolir presas maiores que o tamanho de sua cabeça, pois os ossos da mandíbula são presos ao crânio apenas por músculos e ligamentos (Pough et al., 1998). O grupo das serpentes é o segundo grupo mais diversificado dos répteis, com aproximadamente 2700 espécies (Pough et al., 2001). Desse total 370 espécies ocorrem no Brasil, que possui uma das maiores faunas de serpentes do mundo, não só pela extensão territorial do país, mas também da diversidade de ecossistemas (Campbell et al., 1993). Segundo Pinto (2002), são identificadas 308 espécies de serpentes com ocorrência no Brasil.O pouco estudo na área junta-se com a falta de informações. As principais ameaças à esses animais como também a outros são a destruição de seus habitats naturais e a caça ilegal. A manutenção de reservas já existentes é uma boa alternativa para a preservação desses animais, temidos pelo homem, e também a criação de novas Unidades de Conservação, podendo com isso aumentar as chances de preservação de espécies ameaçadas de extinção. Contudo é importante ressaltar que esses animais são predadores, principalmente no combate de roedores, se tornando aliados do homem no controle de zoonoses.
Os padrões de coloração estão relacionados ao ambiente em que vivem, podendo apresentar função de proteção (mimetismo), camuflagem ou controle de temperatura. Muitas espécies são conhecidas pelo colorido característico (como é o caso das corais), podendo ter variações entre indivíduos da mesma espécie (idade, padrões de desenho).As cobras enxergam mal, apesar de terem os olhos bem evidentes, com pálpebras soldadas e transparentes, mas com percepção de movimento. Nas serpentes arborícolas, a visão tem a função de profundidade para orientação e deslocamento do animal.Não apresentam ouvido externo nem ouvido médio, porém elas captam o som através de vibrações sensitivas por todos os ossos do corpo, que levarão a mensagem até a columela (osso localizado no ouvido interno).O olfato é bem desenvolvido sendo usado, principalmente, para exploração do ambiente, permitindo a localização de suas presas, predadores e parceiros para a reprodução. Para “sentir os cheiros”, a serpente usa a língua, bifurcada. Os odores são levados pela língua para o órgão de Jacobson, duas pequenas câmaras sensitivas com ductos que se abrem na parte anterior do palato.A fosseta loreal é uma abertura localizada entre o olho e a narina, presente na família Viperidae, importante na detecção da temperatura, podendo perceber a mínima variação desta. Já na família Boidae ( jibóias,sucuris) assim como, nas suas primas próximas, as pítons (Pitonidae), está presente a fosseta labial, localizada na parte superior dos lábios, desempenhando o papel da fosseta loreal.As serpentes possuem diferentes tipos de locomoção dependendo de sua atividade e do ambiente:
· movimento ondulatório horizontal ou serpentino: fuga ou deslocamento típico de serpentes rápidas caracterizada pela formação de S pelo corpo do animal;
· movimento retilíneo:característico de serpentes com deslocamento lento;
· movimento sinuoso-lateral ou Sidewinding: a maioria é capaz de se locomover desse modo, porém as espécies do deserto são as mais especializadas;
· movimento em sanfona: envolve a extensão e a retração do corpo de um ou mais pontos de atrito com o solo. Pode ser usada em uma superfície achatada, ao rastejar através de um túnel ou “trepar”.
Dentes inoculadores de veneno especializados estão presentes nos representantes de algumas famílias. Diversas espécies podem ser nocivas para o homem como as cascavéis e jararacas (Viperidae) e as corais (Elapidae), porém a maioria é inofensiva (Pough et al 1998).As serpentes podem ser agrupadas em quatro categorias, de acordo com o tipo de dentição:
· Áglifa: não apresenta dentes com especialização para a inoculação de veneno. Ex.:jibóias e cobra dormideira;
· Opistóglifas: na parte superior da maxila há um dente posterior com sulco, por onde o veneno escorre. Ex.: caninana, boipeva, coral-falsa, cabra-d´água, cobra-cipó;
· Proteróglifas: o dente com sulco localiza-se na parte anterior da boca. Ex.:corais-verdadeiras;
· Solenóglifas: o dente anterior é oco, formando um canal por onde irá escorrer o veneno. O osso da maxila é bastante móvel, o que permite ao dente anterior deslocar-se para frente e para trás, com isso a injeção do veneno será mais precisa. Ex.:cascavéis, surucucus.







Família Anomalepididae (4 espécies) Viperidae
Família Leptotyphlopidae (12 espécies)
Família Typhlopidae (6 espécies)
Família Aniliidae (1 espécie)
Família Tropidophiidae (1 espécie)
Família Boidae (8 espécies)
Família Colubridae (245 espécies)
Família Elapidae (22 espécies)
Família Viperidae (27 espécies)







3.Amphisbaenia
A anfisbena possui hábitos subterrâneos e é carnívora, alimentando-se de pequenos insetos que penetram em seus túneis, e também, com menos freqüência, caça na superfície. Apesar de ser agressiva e possuir uma forte mordida e dentes afiados, a anfisbena não é peçonhenta




Famílias de Amphisbaenia:
Amphisbaenidae
Trogonophidae
Bipedidae

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